“Quando uma menina chega à adolescência tem o útero tão rígido e contraído, que até a mínima abertura do cérvix para a menstruação lhe produz dores fortes. Mas sabemos de jovens que tinham períodos muito dolorosos e que deixaram de os ter depois de adquirir consciência do seu útero, visualizando-o, sentindo-o e relaxando-o.
Tomar consciência, visualizar, sentir e relaxar o útero pode alcançar melhores e mais satisfatórios resultados do que qualquer medicamento.
Para recuperar a sensibilidade uterina a primeira coisa a fazer é explicar às nossas filhas desde pequenas que têm um útero, para que serve e como funciona. Explicar-lhes que quando se enchem de emoção e de amor, o seu útero palpita de prazer. Temos que recuperar com elas as verdadeiras danças do ventre, para que quando cheguem à adolescência não tenham períodos dolorosos, e em vez disso se sintam nesse estado especial de bem estar.
Recuperemos a transmissão por via oral da verdadeira sabedoria, de uma sabedoria feita de experiência, cumplicidade e empatia visceral; ou seja uma sabedoria gaiática, que se comunica por baixo, à margem das relações de autoridade, que flui com a sinfonia da vida, que se derrama com o desejo, que sabe sem saber que sabe praticamente tudo acerca da condição feminina escondida no reino de Hades e reconhecem o que é bom e o que é mau para a vida humana.
As mulheres temos muitas coisas para nos contar. De mulher para mulher, de mulher para menina, de mãe para filha, de ventre para ventre.”
Casilda Rodrigañez